Essa partida abalou minha vinda. Talvez se o peso das
primaveras não fosse tal como é, teria transformado a partida em reencontro.
Difícil é decidir à qual das partes devo me reencontrar. Metade aqui, metade
lá. E nada por completo, tudo por se completar, contemplar. Contemplar a metade
distante.
Me vejo feita em duas, sem possibilidade de união. Meu novo caminho parece ter
sido traçado sobre um paradoxo. E nessa
viagem de divisões estou me equilibrando entre os reencontros que partem.
Dividem-se. Dividem-me. Duvidamos. Me
afasto do que me escolheu pra seguir o que foi escolhido por mim. Mas volto.
Meu escolhido pede a volta. Reaproximo-me do que me escolheu para senti-lo como
o que me acolheu. E que a melhor escolha
me acolha. O escolhido, acolhido; o que escolheu, acolheu. Todos são escolhas,
folhas. Nelas escreverei, e me permito a licença poética para seguir em dois
capítulos: o que ficou e o que virá. E um deles, me acolherá.
psiu ;)
ResponderExcluirmuito lindo!
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