Metade aqui, Metade lá.

Essa partida abalou minha vinda. Talvez se o peso das primaveras não fosse tal como é, teria transformado a partida em reencontro. Difícil é decidir à qual das partes devo me reencontrar. Metade aqui, metade lá. E nada por completo, tudo por se completar, contemplar. Contemplar a metade distante.
Me vejo feita em duas, sem possibilidade de união. Meu novo caminho parece ter sido traçado sobre um paradoxo.  E nessa viagem de divisões estou me equilibrando entre os reencontros que partem. Dividem-se. Dividem-me. Duvidamos.  Me afasto do que me escolheu pra seguir o que foi escolhido por mim. Mas volto. Meu escolhido pede a volta. Reaproximo-me do que me escolheu para senti-lo como o que me acolheu.  E que a melhor escolha me acolha. O escolhido, acolhido; o que escolheu, acolheu. Todos são escolhas, folhas. Nelas escreverei, e me permito a licença poética para seguir em dois capítulos: o que ficou e o que virá. E um deles, me acolherá. 

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